Telefilmesquecidos #82
Em um grande prédio comercial, uma misteriosa mulher segue o empresário Frank Klaner (Bradford Dillman), sem ser vista, e substitui a pasta que ele carregava, com documentos de trabalho, por uma outra idêntica, mas com outro conteúdo. A mulher desaparece rapidamente em um táxi. Quando Frank percebe, já é tarde.
A única coisa que ele pode fazer é esperar que ela ligue quando descobrir que pegou a pasta errada. Para Frank, tudo não passou de uma simples confusão de troca de pastas.
Mais tarde, naquela noite, a tal mulher (Shelley Winters) liga para Frank e marca um encontro para que possam destrocar as pastas. No local indicado pela mulher – uma rua afastada e escura – os dois se encontram. Ela se apresenta como Amanda Hilton e pede que Frank a acompanhe até sua casa, bem ali em frente, para tomarem um café.
Bradford Dillman |
Shelley Winters |
Após devolver a pasta, enquanto tenta embromá-lo antes de servir o café, Amanda o atinge na cabeça e Frank cai inconsciente. Horas depois, ele acorda em uma espécie de jaula no porão da casa.
Amanda acredita que Frank seduziu e engravidou sua filha, abandonando-a logo depois e levando-a ao suicídio. Estarrecido, Frank nega toda aquela história, mas Amanda está certa de que Frank é o culpado e ela quer vingança. Quem está falando a verdade?
Enquanto isso, Dianne (Carol Eve Rossen), esposa de Frank, fica preocupada com o sumiço do marido e contrata um médium, Mark Hembric (Stuart Whitman), para ajudá-la a descobrir o paradeiro do marido. Mas será que eles encontrarão Frank a tempo? E será que Mark é realmente um médium?
Carol Eve Rossen |
Stuart Whitman |
Este ágil telefilme envolve o telespectador logo de cara, nos primeiros minutos. Modesto em sua produção, mas cheio de suspense, o filme se apoia em uma forte atuação de Shelley Winters no papel de uma senhora vulnerável, porém louca. Winters era perfeita para esse tipo de papel e sempre roubava a cena.
O elenco não desaponta: além de Shelley Winters, Bradford Dillman e Stuart Whitman estão bem à vontade em seus respectivos papéis, cujas múltiplas camadas deixam a narrativa ainda mais excitante.
Baseado no romance There Was an Old Woman (1971), de Elizabeth Davis, o telefilme foi adaptado para a TV por Joseph Stefano, o famoso roteirista de Psicose (Psycho, 1960).
O competentíssimo e experiente Jud Taylor ficou com a direção. Alguns anos depois, Taylor dirigiu Crianças Bem Amadas (Lovey: The Circle of Children, 1978), sequência de O Amor é Mais Forte (A Circle of Children, 1976).
A espinha dorsal de Vingança Terrível foi utilizada em outro filme, porém britânico, estrelado por Joan Collins e lançado também em 1971, também com o título de Revenge. Mas o Revenge britânico só foi lançado nos EUA em 1976, com o título Inn of the Frightened People e, depois, Terror Under the House. E as tramas, apesar do mesmo ponto de partida, têm desenvolvimento e desfechos bem diferentes um do outro.
Falando em títulos de filmes, há uma penca deles com o nome “Revenge”, incluindo a série Revenge (2011-2015), da ABC, que fez bastante sucesso mundo afora, mas não tem nada a ver com este telefilme.
A estreia de Vingança Terrível na TV americana foi em 6 de novembro de 1971, na ABC. No Brasil, chegou à nossa TV em 17 de junho de 1972, na Globo.
Não confundir com o faroeste Vingança Terrível (Raid), de 1954.
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