10 novembro 2021

Meu Filho, o Estuprador (A Family Divided, 1995)

Telefilmesquecidos #41

Fraternidades são muito comuns em produções norte-americanas. Parte tradicional da cultura estadunidense, fraternidades (para rapazes) ou irmandades (para moças) são organizações sociais em faculdades e universidades dos EUA. Geralmente são sediadas em imponentes casarões. Não raro, séries e filmes americanos mostram os jovens dessas organizações estudantis como fúteis, encrenqueiros, bobos, sexistas ou até cruéis, capazes de qualquer coisa para se sentirem parte do grupo.

Em Meu Filho, o Estuprador, o universitário Chad (Cameron Bancroft) participa de uma festinha em uma fraternidade. Uma garota do ensino médio que estava na tal festa desaparece. Acaba sendo encontrada morta e com sinais claros de violência e estupro. Acuado, Chad confessa ter participado do estupro coletivo que resultou na morte da garota. 




O pai de Chad, vivido por Stephen Collins, aconselha o rapaz a ficar quieto, enquanto a mãe, interpretada por Faye Dunaway, acha que o problema deve ser encarado de frente, apesar de todas as dificuldades. A família entra em crise e outros problemas emergem.



O nome de peso do elenco é, de longe, Faye Dunaway. No começo da década de 1970, ela já havia participado de algumas produções para a TV, incluindo o excelente O Desaparecimento de Aimée (The Disappearance of Aimee, 1976). 

Faye Dunaway

Stephen Collins

Cameron Bancroft

Stephen Collins, dono de um currículo recheado de inúmeros trabalhos no cinema e na TV, também confere respeito ao elenco. O canadense Cameron Bancroft, apesar de não muito conhecido, é um rosto familiar em séries e telefilmes. Don S. Davis, o Major Briggs de Twin Peaks (1989-1991), interpreta o detetive.

Baseado no livro Mother Love, de Judith Henry Wall (1995), o telefilme foi dirigido por Donald Wrye, experiente na direção de filmes para a TV. Meu Filho, o Estuprador estreou na televisão americana em 22 de janeiro de 1995, pela NBC. No Brasil, a estreia foi em 29 de outubro de 1997, na Globo. Também foi lançado em vídeo aqui. 



 

Curiosamente, em 1999 o Segundo Caderno do jornal O Globo anunciou o filme como "inédito", embora a Globo já o tivesse exibido originalmente em 1997.


Sobre o nome do filme no Brasil, faço minhas as palavras do crítico Inácio Araújo, da Folha de S. Paulo de 13/11/1999: “O título original diz respeito a uma família dividida. O título brasileiro é, para falar com delicadeza, de uma estupidez imperdoável.” 

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