31 dezembro 2011

LUTO

"Parada de fim de ano. Volto no dia 11. Feliz 2012 para todos nós."

Daniel Piza (1970 - 2011)
Foi assim que o jornalista Daniel Piza escreveu o último post em seu blog, dia 28 de dezembro. Levei enorme susto hoje de manhã ao ficar sabendo, pelo twitter, que ele havia falecido, na noite desta sexta-feira (30), vítima de um acidente vascular cerebral (AVC), aos 41 anos.

Daniel era, além de meu xará, um dos meus ídolos. Desde o começo da minha faculdade de Jornalismo, acompanho o trabalho de Piza, seus ensaios, textos e matérias. Ele foi tudo o que sempre sonhei: um respeitadíssimo jornalista cultural, como poucos no Brasil. Foi seu livro Jornalismo Cultural (Contexto, 2003), que me chamou a atenção para esse grande e admirável jornalista.

Nascido em São Paulo (SP), começou a carreira de jornalista no Estadão em 1991. Na década de 1990, trabalhou nas editorias de cultura dos jornais Estado, Folha de S. Paulo e Gazeta Mercantil, na cobertura de literatura e artes visuais. Em maio de 2000, retornou ao Estado como editor-executivo e colunista cultural. Ainda trabalhou como tradutor de seis títulos, de autores como Herman Melville e Henry James, e organizou seis outros, nas áreas de jornalismo cultural e literatura brasileira.

Escreveu 17 livros e também fez os roteiros dos documentários São Paulo - Retratos do Mundo e Um Paraíso Perdido - Amazônia de Euclides. Apresentava os programas Estadão no Ar e Direto da Redação na rádio Estadão ESPN. Para esse último, tive a honra de ser entrevistado por ele há dois meses, quando divulguei meu livro Mamma Mia! Fiquei duplamente feliz: primeiro porque foi uma tremenda honra ser entrevistado por Daniel e segundo porque tive a chance de divulgar meu trabalho no programa dele.

Infelizmente ele partiu cedo demais, antes mesmo do término deste ano. Seu legado, que tanto enriquece o jornalismo cultural do país, será eterno, além de motivo de orgulho para o Brasil. Que a partir de 2012 Daniel Piza continue inspirando os interessados em jornalismo cultural, só que agora de outro plano...

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