19 fevereiro 2009

Viva las cifras

O grupo de rock britânico Coldplay foi o grande campeão de vendas de discos em 2008. Viva la Vida (EMI) vendeu 6,8 milhões de cópias pelo mundo no ano passado, de acordo com a IFPI, entidade que representa a indústria fonográfica mundial. O vicecampeonato na lista de discos mais vendidos ficou com o veterano grupo de rock australiano AC/DC: Black Ice (Sony&BMG), primeiro disco da banda em oito anos, ultrapassou os seis milhões de cópias vendidas. E, como não podia deixar de ser, meus indefectíveis suecos não podiam ficar de fora desse ranking. A trilha sonora do filme Mamma Mia! (Universal), com músicas do ABBA, ficou em terceiro lugar. A trilha ajudou a puxar a clássica coletânea do quarteto sueco, ABBA Gold (Universal), lançada em 1992, ao 37º lugar entre os discos mais vendidos de 2008. Gold já virou arroz de festa nas listas de mais vendidos. Vira e mexe a coletânea volta às paradas.

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Como eu já previa...

Uma semana depois de sua estréia mundial, o remake de Sexta-Feira 13 provou ser um sucesso. Foi o 12º filme da série, iniciada em 1980, e o primeiro em seis anos. O novo filme começa resumindo as origens do serial killer Jason Voorhees e corta para os dias atuais. Jason era um garoto com deficiências mentais que se afogou no lago (Crystal Lake), enquanto dois monitores faziam sexo em vez de cuidar dele. No primeiro filme, sua mãe, Pamela Voorhees, se vinga e assassina todos na colônia, mas morre decapitada. No segundo, Jason ressuscita e, para vingar a mãe, mata todos que se aproximam do lago. O bonequinho d'O Globo aplaudiu através da crítica positiva de Tom Leão (em 18/02/2009):

"O novo Friday the 13th (no original) tem a seu favor o fato de não mexer muito na mitologia do serial killer, como fizeram na refilmagem do clássico O Massacre da Serra Elétrica. Também, em comparação, é o mais bem-acabado produto da série, geralmente de filmes de baixíssimos orçamentos (...). Os fãs desse tipo de filme querem ver mortes cada vez mais caprichadas e absurdas (e risíveis) e mulheres bonitas mostrando os seios (...). Logo a trama vem para os dias atuais, quando, mais uma vez, Jason desperta de seu marasmo na sossegada região de Crystal Lake para chacinar os jovens que vão lá acampar e fornicar. E aí está a base moralista que move este tipo de filme, e que foi desconstruída no primeiro da série Pânico: as pessoas morrem por estar se divertindo, transando, bebendo e fumando erva, tudo o que foi negado ao jovem Jason, que morreu por causa da conjunção desses fatores e não pôde chegar à adolescência. Moralismos à parte (isso está entranhado na cultura americana e em quase todo tipo de filme de Hollywood há décadas), é o tipo de filme para quem gosta do gênero e que andava meio sumido das telas, repletas de adaptações de filmes de terror psicológico orientais, com muito clima e poucas cenas radicais de fato. Puro escapismo inconseqüente. O facão voltou e está cortando como nunca. Slash!"

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