03 fevereiro 2009

Grease is the word


Há 30 anos Hollywood sofreu sua segunda invasão de jaquetas de couro, blue jeans, bad boys, garotas e carros envenenados. Só que esta foi uma invasão musical, muito diferente da juventude transviada de James Dean. Era o musical Grease (mais conhecido no Brasil como "Nos Tempos da Brilhantina"), um dos primeiros sucessos de John Travolta, ao lado de Olivia Newton-John, a Madonna dos anos 70, por assim dizer.

No final do ano passado, encontrei, por acaso, naquele caos habitual das Lojas Americanas, o DVD comemorativo dos 30 anos de Grease. Mesmo já tendo o DVD normal do filme, assim como as versões dublada e legendada em vídeo (para não mencionar a trilha sonora em LP e CD), não resisti e comprei o tal DVD comemorativo que prometia vários extras inéditos. Foi realmente uma ótima aquisição, pois os extras eram divertidíssimos e havia até uma reunião do elenco para celebrar as três décadas do filme.

O que me assusta um pouco é a passagem do tempo. Puxa, quem diria que esse filme chegaria tão longe? Sou fã dele há 15 anos e só agora me dei conta disso. Grease tornou-se uma espécie de clássico da cultura pop contemporânea. Todo mundo conhece alguém que viu Grease montes de vezes, que comprou o disco e que decorou as músicas. Sucesso estrondoso em todo o mundo, a trilha sonora mescla canções compostas especialmente para o filme com clássicos consagrados da década de 1950. Entre os destaques de Olivia e John estão as irresistíveis You're The One That I Want e Summer Nights. Sha-Na-Na, Louis St. Louis e Cindy Bullens se encarregaram de clássicos como Blue Moon, Hound Dog, It's Raining On Prom Night e Tears On My Pillow, entre outros.



Em sua estréia mundial, em 1978, o filme abocanhou mais de 340 milhões de dólares, tornando-se o musical mais bem sucedido de todos os tempos, recorde que até hoje se mantém de pé. Só mesmo um filme mágico como Grease pode nos fazer esquecer momentaneamente o fato de estarmos assistindo adultos de trinta e poucos anos interpretando adolescentes do segundo grau. E o pior (quer dizer, melhor) é que em nenhum momento isso é um problema quando vemos o filme. Somos simplesmente seduzidos pelo carisma do elenco, das canções, dos cenários e pela ingenuidade romântica da história. Tenho certeza que o filme sempre terá, a cada geração, uma nova legião de novos fãs que, como eu, ainda vão se aglomerar nas Lojas Americanas para comprar mais uma edição comemorativa do DVD de Grease.


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