19 janeiro 2010

Big Brother Brasil parte 10 - A (eterna) missão


Longe de mim condenar os inúmeros fãs do Big Brother Brasil, até porque nas duas ou três primeiras edições eu estava entre eles - aqueles que votavam, vibravam, assistiam. Mas tomei uma birra danada, como se diz. Hoje não tenho a menor paciência, acho de uma chatice sem tamanho. É a repetição da repetição, tudo previsível demais, os mesmos estereótipos, os mesmos clichês, os mesmos corpinhos sarados prontos para pularem direto para as capas da Sexy, da G Magazine ou da Playboy. E depois desaparecem para todo o sempre, que é o destino de 99% dos participantes. Como a tortura já recomeçou, tenho que aturar diariamente na TV e na Internet, sem parar, os flashes, comentários, especulações e atualizações sobre o programa. É quase impossível não saber o que se passa no BBB, mesmo que você não assista, como é o meu caso. Mas fãs do programa, não me joguem na fogueira. Só estou expressando meu tédio diante de tanta repetição. Cada um sabe a alegria e a dor de ser o que é... Lembrei-me de uma crônica do Manoel Carlos publicada em seu livro A arte de reviver, da Ediouro, lançado em 2006. Transcrevo aqui uma pequena parte que traduz bem o que sinto:


Já bem tarde, alguém ligou a TV e entraram as imagens do programa Big Brother Brasil. Camilo perguntou sem ironia:


- Esse programa ainda existe?


- Claro! Tem uma audiência enorme - informou alguém.


- O brasileiro, antes de ser um cidadão, um nome, uma personalidade, é um telespectador - definiu Camilo.


O Chico emendou:


- Até hoje não entendi direito o que toda essa gente ganha estando aí, como num aquário. Alguém sai com um milhão de reais, tudo bem, mas e os outros?


- Tenho uma amiga que está dura, cheia de problemas, devendo dois meses de aluguel, e no entanto para para assistir o BBB a noite toda, através da TV - comentou Marisa, até então calada.


Camilo foi definitivo:


- As pessoas não aspiram mais a um trabalho, mas a uma projeção. Não querem ser respeitadas, mas invejadas. Não buscam o aplauso, mas o oba-oba! É a celebração da mediocridade. Acho que gente assim precisa de atendimento.

6 comentários:

  1. vcs nunca dao chanses pro povao la fora,nunca vi oportunidades pra um catador de lixo,ou ao menos um faxineiro um bem umildesem nivel de escolaridade...enfimsoentrano big broder quem pode ,quem nao podefica pratrasz ou correatraz!

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  2. vcs nunca dao chanses pro povao la fora,nunca vi oportunidades pra um catador de lixo,ou ao menos um faxineiro um bem umildesem nivel de escolaridade...enfimsoentrano big broder quem pode ,quem nao podefica pratrasz ou correatraz!

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  3. pratrasz ou correatraz!vcs nunca dao chanses pro povao la fora,nunca vi oportunidades pra um catador de lixo,ou ao menos um faxineiro um bem umildesem nivel de escolaridade...enfimsoentrano big broder quem pode ,quem nao podefica

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  4. vcs nunca dao chanses pro povao la fora,nunca vi oportunidades pra um catador de lixo,ou ao menos um faxineiro um bem umildesem nivel de escolaridade...enfimsoentrano big broder quem pode ,quem nao podefica

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  6. vcs nunca dao chanses pro povao la fora,nunca vi oportunidades pra um catador de lixo,ou ao menos um faxineiro um bem umildesem nivel de escolaridade...enfimsoentrano big broder quem pode ,quem nao podefica

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