26 junho 2009

Michael Jackson: 1958-2009

O blog está parecendo seção de obituário, cruzes! Ainda nem me recuperei do choque da morte de Farrah Fawcett e eis que outra bomba - de proporções descomunais - explode um dia depois: a morte do ícone Michael Jackson. Acredito que a sensação deve ter sido a mesma experimentada pelas pessoas quando John Lennon foi assassinado, em 1980. Ninguém acredita que ELE está morto, ele, Michael. Mas não vou esticar muito esse assunto porque corremos um sério risco de sofrer uma overdose de Michael Jackson na mídia.

É estranho imaginar o mundo sem essas figuras que já fazem parte do imaginário coletivo há tanto tempo, que nos acompanham pela infância, adolescência, juventude, maturidade... Seja na TV, no rádio, nas revistas, jornais ou internet, já nos acostumamos com esses personagens do showbizz que invadem nossas casas todos os dias.

Li um artigo bem interessante no Yahoo! que diz o seguinte: "É claro que o mundo inteiro está chocado com a morte de Michael Jackson. Mas é preciso ter um pouco de coragem para escrever o óbvio: todos choram pelo 'antigo' popstar, que gravou discos excepcionais, e não pela patética figura em que ele se transformou". O colunista Regis Tadeu não deixa de ter razão. Lamentamos sim, a perda do mito Michael, "cuja importância para o show business não pode sequer ser colocada em um patamar conhecido deste planeta", nas palavras do próprio Regis. A maneira como ele revolucionou a indústria dos videoclipes, por exemplo, é um feito inigualável. Sem falar na qualidade encontrada em vários de seus discos, como Off the Wall (1979) e Thriller (1983), por exemplo, este último seu trabalho mais famoso e o álbum mais vendido no mundo, de todos os tempos.

É por esse Michael que o público chora e lamenta, não pela criatura no mínimo esquisita que ele se tornou na última década. Debaixo de atos tão excêntricos, malucos e alguns até repulsivos, escondia-se uma criança extremamente solitária e infeliz que se afundava cada vez mais em suas loucuras. Deixamos de levá-lo a sério nos últimos 15 anos, mas sua imagem dos tempos de glória pop e suas geniais canções imortais permanecerão pela eternidade nas diversas lembranças de nossa vida e nos acompanharão sempre.

Liza Minnelli, grande amiga de Michael, já profetizou tristemente: "Agora há muita especulação, e tenho certeza de que quando o resultado da autópsia chegar, todos vão cair em cima dele como o diabo. Os demônios vão vir à tona. Graças a Deus estamos celebrando-o agora".

Um comentário:

  1. É. De fato, os demônios vieram à tona. Endeusar o MJ como exemplo de conduta não cabe agora, depois de anos de massacre. A mesma mídia que o execrava, aplaude de pé sua existência questionável. O melhor de Michael, sua música, já o tornou imortal. E basta de notícia, né?

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